Alan Diego Heissler foi condenado pelo Tribunal do Júri de Horizontina, no Rio Grande do Sul, a 22 anos e seis meses de reclusão em regime inicial fechado por homicídio qualificado por motivo torpe, mediante simulação e feminicídio, e ocultação de cadáver pela morte da ex-namorada Jaciele Daiane Silva dos Santos. Ele já está preso preventivamente.
No julgamento, o irmão de Alan, Luís Felipe, também foi considerado culpado por ocultação de cadáver. Os irmãos concretaram partes do corpo da jovem em uma churrasqueira.
Alan e Jaciele tiveram uma união estável por cinco anos e se separaram em junho de 2014. No período da separação, medidas protetivas foram deferidas em favor da jovem por conta de agressões praticadas pelo namorado.
No dia 5 de outubro, Jaciele foi até a casa de Alan, que tinha lhe prometido um notebook. Na época, mesmo com as medidas protetivas, os dois ainda se encontravam. Naquele dia, segundo a acusação, os irmãos mataram Jaciele com um tiro na cabeça, cortaram o corpo em pedaços e o queimaram. Esses pedaços foram colocados na parte inferior de uma churrasqueira, fechada em seguida com tijolos e argamassa.
Os restos do corpo da vítima só foram encontrados 18 dias depois, quando policiais civis cumpriam mandados de busca e apreensão na casa dos irmãos. Os agentes perceberam que uma parte da churrasqueira não tinha azulejos e então abriram uma fresta no concreto.
Segundo os autos, Alan, auxiliado por Luíz Felipe, teria planejado o assassinato da jovem por que ela se negava a reatar o relacionamento.
Para Luís Felipe, o juiz Danilo José Schneider Júnior determinou 2 anos, 6 meses e 10 dias de prisão. A pena foi substituída por Prestação de Serviços à Comunidade e o pagamento de dois salários mínimos, que será revertido em favor da conta de penas alternativas da Comarca de Horizontina.
*Com Estadão Conteúdo