O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está testando a segurança das urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições deste ano. O processo começou nesta quarta-feira, 26, e acontece até sexta-feira, 28. Técnicos da Polícia Federal verificam se as fragilidades encontradas no ano passado foram corrigidas. Muitas pessoas públicas, inclusive o presidente Jair Bolsonaro, já manifestaram dúvidas acerca da segurança das urnas. O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, lembrou que os aparelhos, até agora, não tiveram nenhuma brecha de segurança comprovada. Barroso lembra ainda que Bolsonaro, Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso já foram eleitos pelo voto eletrônico. “E ninguém há de achar que eles não foram os preferidos do eleitorado em cada uma daquelas eleições realizadas com as nossas urnas seguras”, afirma.

Na fase de testes executada nesta quarta-feira, 26, os técnicos tentaram ultrapassar as barreiras do sistema que foram reforçadas na verificação de 2019. Das 13 invasões, apenas duas foram bem sucedidas, como explica o secretário de tecnologia e informação do TSE, Giuseppe Janino. “Cabe ressaltar aqui que não houve nenhum dano para a integridade do voto, nem tampouco com relação sigilo do eleitor com relação a prática de suas escolhas”, explica. O tribunal promove a testagem de forma pública, permitindo que a sociedade, a comunidade científica, partidos e instituições participem – com transmissão ao vivo. As eleições de 2020 foram adiadas para 15 de novembro, o primeiro turno, e 29 de novembro, o segundo turno – se houver.

*Com informações do repórter Vinícius Nunes