Inaugurada em 25 de setembro de 1990, a CCMQ (Casa de Cultura Mario Quintana) se aproxima de seu 30º aniversário com portas fechadas ao público por causa da pandemia de coronavírus, mas com uma boa notícia: o tradicional prédio de cor rosa-salmão na Rua da Praia, Centro Histórico de Porto Alegre, está recebendo um investimento de pelo menos R$ 1 milhão em restauro e modernização.

As obras – com duração prevista até o fim do ano – são realizadas pela Sedac (Secretaria Estadual da Cultura), por meio da AACCMQ (Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana) e com patrocínio do Banrisul e apoio da Lei de Incentivo à Cultura do governo federal. No foco da iniciativa está a estrutura interna do edifício.

São melhorias que abrangem novas instalações elétricas e hidráulicas, substituição de extintores de incêndio, renovação de toda sinalização de emergência e outros requisitos de adequação ao PPCI (Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio). Também está inserida no projeto a reforma dos camarins do Teatro Bruno Kiefer e reparos em outros espaços da casa, a cargo da empresa ArqUm.

“Existe um sério cuidado com as condições de segurança dos servidores, agentes culturais e público que usufrui a estrutura e a programação da casa”, ressalta o diretor da instituição, Diego Groisman. “Aliado a isso, temos zelo absoluto com a preservação do patrimônio cultural material e imaterial sob nossa responsabilidade.”

Para a AACCMQ, trata-se de uma importante meta alcançada. “A regularização do PPCI também é uma providência necessária para preservar o prédio histórico, construído há cerca de 100 anos e que nas últimas três décadas tem sido uma referência cultural no Rio Grande do Sul”, avalia a presidente da associação, Liana Zogbi.

História

O imponente edifício que até o final da década de 1980 abrigou o Hotel Majestic e teve hóspedes fixos como o músico João Gilberto (1931-2019) e o poeta Mario Quintana (1906-1994). Este último, aliás, estava presente na cerimônia de inauguração do centro cultural que leva o seu nome, três décadas atrás.

(Marcello Campos)