Agentes do MP (Ministério Público) e da Polícia Civil cumpriram na manhã desta quinta-feira (24) seis mandados de buscas, dois de prisão e mais cinco de indisponibilidade de bens em relação a um dos líderes de uma facção criminosa que tem base no Vale do Sinos.

Ele é investigado por ser um dos responsáveis por ter adquirido uma fazenda no Mato Grosso avaliada em R$ 42 milhões e com cerca de 140 mil hectares — ou seja, quase três vezes o tamanho da área de Porto Alegre. O imóvel possui até pista para aeronave e fica na fronteira com a Bolívia.

As ações ocorreram em Novo Hamburgo, Portão e Brochier, no Rio Grande do Sul, e em Itapema, no litoral de Santa Catarina. Entre os bens confiscados estão veículos de luxo e imóveis rurais no Rio Grande do Sul e em outros Estados. Também foi confirmado que os suspeitos adquiriram outra propriedade rural no Piauí.

O homem apontado como líder da organização criminosa foi detido em Novo Hamburgo. O nome dele não foi divulgado porque a investigação continua. O outro alvo de mandado de prisão não foi localizado e é considerado foragido.

A ação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP, e Delegacias de Lavagem de Dinheiro do Departamento de Investigações do Narcotráfico e Gabinete de Inteligência Estratégica da Polícia Civil.

Em maio, a Polícia Civil, já havia cumprido mais de 300 ordens judiciais contra a facção e prendido 10 pessoas, quando divulgou a aquisição da fazenda no Mato Grosso. Na ação, outro líder da organização também foi preso. Em dezembro do ano passado, houve a primeira ofensiva desta investigação.