O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou, em nota, que homologou na última quinta-feira, 20, o consórcio Postar como vencedor do processo de seleção para realização dos estudos que indicarão alternativas de parceria com a iniciativa privada para gestão dos Correios. O grupo é formado por Accenture do Brasil Ltda e Machado, Meyer, Sendacz, Opice e Falcão Advogados. Atualmente o serviço é prestado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

Nove consórcios participaram da seleção iniciada em maio. Os três grupos mais bem colocados na primeira etapa, que incluiu análise da qualidade técnica dos participantes e do preço ofertado por cada um, foram convocados para apresentação de nova proposta comercial. O Postar apresentou o menor preço: R$ 7,89 milhões. O consórcio fará os estudos que indicarão as alternativas de desestatização para o setor postal e embasarão a decisão do Governo, apontou o BNDES. Os estudos serão coordenados pelo BNDES com a supervisão do Comitê Interministerial formado por integrantes dos Ministérios da Economia e Comunicações e da própria ECT.

Greve

Os Correios estão em greve há mais de uma semana. Os funcionários pedem o restabelecimento de direitos que vêm sendo cortados pela empresa desde o dia 1º de agosto, como o período de 2 horas por dia para mães amamentarem seus filhos e o corte no auxílio para filhos de empregados com necessidades especiais. Depois do Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria nesta sexta-feira, 21, para manter a validade do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com os funcionários dos Correios por apenas um ano, o secretário de comunicação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), Emerson Marinho, afirmou que a greve continua e deve ser ampliada a partir de segunda-feira. “Não temos outra alternativa a não ser ampliar a mobilização para que possamos restabelecer os nossos direitos que firmamos há mais de 30 anos em acordo”, disse à Jovem Pan.

Em nota, os Correios afirmaram que “a diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período — dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida”. No entanto, Ribeiro alega que a empresa tem obtido lucros e que é “autossustentável”. ” Isso nada mais é do que um argumento pra sucatear a empresa para chegar ao ponto final, que é vender para a iniciativa privada”, disse.

* Com informações do Estadão Conteúdo