Termina às 6h deste domingo (1º) o prazo para que prefeituras e associações regionais enviem pedidos de reconsideração ao Comitê de Crise do Palácio Piratini contra o novo mapa provisório do sistema de distanciamento controlado, divulgado na sexta-feira. A nova configuração prevê a manutenção de uma área do Rio Grande do Sul – Santa Rosa – sob bandeira vermelha (alto risco epidemiológico para coronavírus).

Se não forem encaminhados recursos ou o governo gaúcho rejeite eventuais solicitações com tal finalidade, a vigésima-sexta rodada do modelo, adotado desde maio, deve manter as outras 20 regiões do Estado sob status laranja (risco médio).

Como já é praxe, o “lay-out” definitivo será publicado na tarde desta segunda-feira (2) e terá vigência de uma semana, a partir da primeira hora do dia seguinte. Os dados estão disponíveis de forma detalhada no site distanciamentocontrolado.rs.gov.br.

A região de Santa Rosa passou do laranja para o vermelho por registrar, ao longo da última semana, 19 hospitalizações confirmadas por Covid, contra cinco nos sete dias anteriores. Na quinta-feira (29), quando os dados foram fechados, dez pacientes da doença ocupavam leitos clínicos, contra três da quinta-feira anterior. A região também apresentou redução de 20 para 18 leitos livres de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Cruz Alta, que também integra a macrorregião Missioneira e estava sob bandeira vermelha, conseguiu reduzir os registros de hospitalização por Covid-19 entre uma semana e outra. No acumulado dos últimos sete dias, essa área do Estado teve 14 registros, quando antes somava 26 casos.

“A região também apresentou ligeira melhora no indicador que mede a capacidade de atendimento para os casos que exigem tratamento intensivo”, ressaltou o site oficial do governo do Rio Grande do Sul. O número de leitos de UTI livres aumentou de seis unidades no levantamento anterior para dez nesta semana.

SRAG

Observou-se, em todo o Rio Grande do Sul, redução dos registros de novas hospitalizações (queda de 7%), embora o número de internados em leitos clínicos confirmados com coronavírus se mantenha em elevação (aumento de 5%). O número de internados em UTI por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) associada à Covid também apresentou aumento na semana.

Mesmo contabilizando os pacientes internados por outras causas, houve queda na quantidade de leitos de UTI ocupados. Com a diminuição no total de leitos de UTI no Estado, houve leve redução na razão de leitos livres para cada ocupado por Covid-19.

Alerta

A equipe de monitoramento do Comitê de Dados chama atenção para o elevado crescimento em novos registros de hospitalizações por Covid-19 nos últimos sete dias nas regiões de Santa Rosa, Ijuí, Capão da Canoa, Palmeira das Missões, Taquara, Caxias do Sul e Passo Fundo.

“Vale lembrar que o modelo do Distanciamento Controlado leva em consideração 11 indicadores de propagação do vírus e de capacidade hospitalar de cada região”, destaca o Palácio Piratini. “Em algumas rodadas, alguns indicadores pioram, mas outros melhoram, e é isso que mantém a estabilidade que o Rio Grande do Sul tem visto refletida no mapa.”

Por exemplo, o número de novas hospitalizações, entre as duas últimas semanas, reduziu 7% (de 897 para 830). O número de óbitos também caiu 11%, de 236 para 211 entre as duas últimas quintas-feiras.

No entanto, o número de internados em UTI por SRAG, de internados em leitos clínico e de internados em leitos de UTI aumentou no mesmo período. Por isso, recomendam especialistas, a população precisa seguir em alerta, observando medidas de higiene (lavar as mãos, etiqueta respiratória e uso de álcool-gel) e protocolos sanitários.

(Marcello Campos)