Por Redação O Sul | 28 de agosto de 2020

Após a divulgação do relatório da Câmara de Vereadores de Porto Alegre favorável à denúncia de impeachment contra o prefeito Nelson Marchezan Júnior, o chefe da administração municipal comentou o assunto. Segundo Marchezan, “este processo de impeachment, que nos tira qualquer direito de defesa e manifestação, que atropela os ritos, só tem o objetivo de me constranger e me tirar do processo eleitoral”.

Quero me dirigir aos cidadãos de Porto Alegre: não sou corrupto, não faço parte da história que levou a cidade para as páginas policiais por corrupção e foi por isso que me elegeram. Além disso, este processo tira o direito dos porto-alegrenses de analisarem os fatos durante uma eleição limpa e transparente”, escreveu o prefeito em sua conta no Twitter.

Em live divulgada nas redes sociais, Marchezan afirmou: “Não há na história dos municípios, dos Estados e do Brasil um impeachment a um mês de começar o processo eleitoral”. Segundo o prefeito, “não há nenhuma ilegalidade apontada nem nos outros, nem neste pedido de impeachment”.

Segundo informações da Câmara de vereadores, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), instalada em outubro de 2019, investiga fatos relacionados às denúncias apresentadas na quinta solicitação de abertura de processo impeachment contra o prefeito. O pedido acabou rejeitado pelo Plenário em setembro de 2019, mas as denúncias nele contidas resultaram na abertura de uma CPI um mês depois.

Integram as investigações da CPI, denúncias relativas ao Banco de Talentos; ao favorecimento ilegal de empresas no transporte público municipal por Michel Costa, ex-diretor da Procempa e ex-presidente do Conselho de Administração da Carris; e a irregularidades na locação, pela Prefeitura, de um prédio na avenida Júlio de Castilhos para abrigar setores administrativos de órgãos do município.

O relator da Comissão Processante encarregada de analisar o pedido de impeachment do prefeito na Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Alvoni Medina (Republicanos), apresentou na tarde desta sexta-feira (28) parecer que defendeu o prosseguimento de investigação da denúncia contra Marchezan.

O relatório da CPI que investiga a gestão do prefeito será apresentado e votado na próxima segunda-feira (31), às 10h. A reunião virtual e será transmitida ao vivo pela TV Câmara (canal 11.3 no sinal aberto) e pelo canal oficial da TV Câmara no Youtube. O relator é o vereador Professor Wambert (PTB).

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