A Polícia Civil do Rio Grande do Sul vai indiciar por falso testemunho a jovem que disse ter sido marcada com uma suástica na barriga em Porto Alegre (RS), há duas semanas. Segundo o lado médico finalizado nesta quarta-freira (24), o caso se trata, na verdade, de automutilação. Outra possibilidade é que o ferimento tenha sido feito de forma consentida.

“Pode se afirmar com convicção que as lesões produzidas na vítima não são compatíveis com as que seriam esperadas, na hipótese de ter havido efetiva resistência da parte dela à ação de um agente agressor”, diz o laudo técnico da Polícia Civil. O delegado que está à frente do caso, Paulo Jardim, da 1ª Delegacia de Porto Alegre, afirmou que se trata de um caso de “profunda debilidade emocional”. “Ela toma remédios fortes, e tem atendimento psicológico e psiquiátrico”, afirmou Jardim à Jovem Pan. O crime de falso testemunho tem pena 6 meses a 1 ano de prisão.

A jovem, de 19 anos, registrou boletim de ocorrência no último dia 8 por lesão corporal. Segundo o relato dado por ela à polícia, três homens a atacaram por causa de adesivos LGBT que estavam colados na sua mochila. Depois, o trio a teria rendido e marcado o seu corpo com o símbolo nazista. Quatro dias depois, porém, a jovem desistiu da ação “por questões emocionais”.