Conforme o Centro Estadual de Vigilância em Saúde, foram notificados 20 surtos da doença em 2023. Somados, os surtos deste ano representam 210 casos em 15 municípios.

 

Síndrome mão-pé-boca

O governo do Rio Grande do Sul divulgou nesta quinta-feira (23) um alerta sobre o aumento de casos da doença mão-pé-boca no estado. De acordo com a nota emitida pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), já foram notificados 20 surtos da doença em 2023.

Os surtos são caracterizados quando há mais de três casos em um mesmo local. Somados, os surtos deste ano representam 210 casos em 15 municípios.

Mão-pé-boca: entenda os sintomas da doença
No ano passado, foram 68 surtos em 35 cidades, que somaram 581 casos. O ano de 2021 teve 172 surtos em 76 municípios, que totalizaram mais de 3,3 mil casos. Não são contabilizados casos isolados ocorridos individualmente.

“A doença é transmitida por um vírus, conhecido como enterovírus, e acomete principalmente crianças menores de 5 anos. Por isso que mais de 99% das nossas notificações são de creches, escolinhas de ensino fundamental. É uma doença extremamente transmissível”, explica Juliana Patzer, chefe da divisão de vigilância epidemiologia do Cevs. De acordo com o governo do RS, todos os surtos deste ano foram identificados em creches.

Os sintomas mais comuns são:

febre;
aparecimento de manchinhas vermelhas na boca e região da garganta;
dificuldade para engolir;
bolhas nas mãos e pés;
perda do apetite;
vômito;
diarreia.
A transmissão da doença é fecal-oral, ou seja, ocorre mediante contato com pessoas, fezes, saliva, secreções, objetos ou alimentos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. Dessa forma, a higiene das mãos deve se manter intensificada mesmo após melhora dos sintomas. Também por isso, profissionais de creches precisam reforçar a atenção nas rotinas de troca de fraldas.

As principais medidas de controle são o afastamento dos sintomáticos até resolução dos sintomas e a intensificação das medidas de higiene de mãos e do ambiente e superfícies, com especial enfoque em objetos compartilhados, como brinquedos, nos casos das creches.

Caso a criança tenha contraído a doença, a recomendação é aumentar o consumo de líquidos, repouso e alimentação leve. Apesar do incômodo, os médicos dizem que a doença não oferece risco de vida.

 

 

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