O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) descartou a possibilidade de decretar lockdown no estado, apesar de a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontar que a capital Manaus vive uma segunda onda de contágio do novo coronavírus. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais nesta terça-feira, 29, Lima disse que a pandemia “ainda preocupa, mas o cenário atual não se compara ao quadro dos meses de abril e maio”. “Nem passa pela minha cabeça a possibilidade de lockdown, de fechar tudo aqui no estado. Nós conseguimos avançar muito, o Amazonas é referência hoje no combate à Covid-19. Fomos o primeiro estado a liberar as aulas do ensino médio, e amanhã, quarta-feira, dia 30 de setembro, nós estaremos retornando as aulas do ensino fundamental. O que nós temos é que olhar para frente, trabalhar para retomar, de forma segura, as atividades econômicas e voltar à normalidade de nossas vidas”, afirmou.

O pronunciamento do governador ocorre após a Fiocruz sugerir lockdown na cidade de Manaus por um período de 14 dias. Na tarde desta segunda-feira 28, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), endossou as recomendações da fundação e pediu ao governo do estado que essa hipótese fosse considerada. “É hora de agir com prudência e de maneira preventiva para evitar uma situação ainda pior. Proponho uma parceria efetiva e com um único objetivo: salvar vidas”, diz a legenda da publicação do prefeito. Segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), o estado tem 136.708 casos confirmados do novo coronavírus, com 4.031 óbitos – a capital, por sua vez, registra mais de 50 mil casos e 2.500 mortes.

Apesar de descartar a possibilidade de um lockdown, o governador Wilson Lima voltou a decretar, na quinta-feira 24, o fechamento de bares, casas de show e balneários em Manaus, autorizados a abrir em julho – a medida ocorreu após a Vigilância Epidemiológica detectar uma tendência no aumento do número de casos nas últimas semanas, causados, sobretudo, por aglomerações.