Fechado durante a pandemia, local teve a segurança reforçada, segundo a prefeitura, mas mesmo assim vândalos conseguiram entrar. Jazigo de Bernardo Boldrini é um dos que foi vandalizado no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria
Reprodução/RBS TV
Após sete meses sem visitar os túmulos dos entes queridos, moradores de Santa Maria, na Região Central do estado, se depararam com atos de vandalismo e furtos no Cemitério Ecumênico Municipal. Desde sábado (31), dia da reabertura, mais de 300 casos de danos aos jazigos foram notificados.
O túmulo de Bernardo Boldrini, morto em 2014 pelo pai e pela madrasta, em Frederico Westphalen, está entre os casos. Foram levados quase todo o letreiro, as argolas, algumas plaquinhas que estavam fixadas e um crucifixo.
Em dezenas de outros túmulos, os visitantes perceberam a falta de letreiros, molduras de fotos entre outros.
“Estava fechado para visitação, mas pelo jeito pros vândalos não estava, né? Porque se estivesse não teriam feito tantas, tantos absurdos aqui dentro”, afirma a auxiliar administrativa Carmem Teixeira, que esteve no local no fim de semana.
Segundo a prefeitura, medidas de segurança foram tomadas durante o período de fechamento do Cemitério, devido à pandemia. Um muro foi construído, na Rua Samuel Kruschim, para evitar o acesso ao local. Mesmo assim, a segurança do cemitério flagrou a ação de vândalos no período de fechamento. Algumas prisões em flagrantes chegaram a ser registradas.
Para pessoas que constatarem danos nos túmulos de familiares, a prefeitura orienta que registrem o ocorrido em um formulário, disponibilizado na administração do cemitério, na Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos ou no site. Os casos serão avaliados e encaminhados ao setor responsável ou à polícia.
Após sete meses de portões fechados, cemitérios de Santa Maria reabrirão no Dia de Finados
Nota da Prefeitura de Santa Maria
A Prefeitura de Santa Maria explica que, em função da pandemia, os cemitérios públicos ficaram fechados desde março. Nesse meio tempo, a Prefeitura seguiu tomando medidas para evitar o acesso de vândalos aos locais, principalmente no Cemitério Ecumênico, o que é algo constante, mesmo antes da pandemia.
Na parte dos fundos, que dá acesso à Rua Samuel Kruschim, foi construído um muro a fim de evitar a entrada de estranhos no espaço. A iluminação e a vigilância também foram reforçadas, com a instalação de câmeras e guardas municipais fixos, nos três turnos, bem como a manutenção dos mais de cinco hectares por meio de corte de grama e de limpeza.
Ainda, com relação a segurança, foram feitos vários registros policiais neste período de fechamento, inclusive, com prisões em flagrante de vândalos no Ecumênico, com pessoas encaminhados para a polícia.
Para as pessoas que identificam avarias nos túmulos dos entes no Ecumênico, a Prefeitura disponibiliza um formulário para que descreva o dano identificado. Os casos serão avaliados e encaminhados aos setores responsáveis ou mesmo à polícia. O documento deve ser entregue a algum servidor, no Ecumênico, ou na sede da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos. O formulário também ficará disponível no site da Prefeitura.