No fim da tarde dessa quarta-feira, 9, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou de surpresa da última sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) do ministro Dias Toffoli como presidente da Corte. A partir dessa quinta-feira, 10, quem assume o cargo é o então vice Luiz Fux. Em seu discurso, Bolsonaro se mostrou emocionado e fez elogios a Toffoli. “Quero confessar que estou emocionado em ocupar um lugar de destaque a direita do presidente do Supremo Tribunal Federal, nesse recinto que é um verdadeiro santuário para a justiça brasileira. O que eu posso ressaltar do relacionamento com Vossa Excelência, seria dizer que a harmonia, o diálogo e o entendimento em momentos difíceis foi muito importante para o destino do nosso Brasil. Dizer que em muitos momentos, quando o chefe do executivo procurou o STF por muitas vezes em decisões monocráticas, Vossa Excelência nos atendeu, em outros momentos até nos surpreendeu com sua capacidade de se antecipar a problemas e apresentar soluções antes mesmo que o procurássemos”, comentou.

Bolsonaro lembrou de quando conheceu Toffoli há 30 anos em uma viagem da Aeronáutica quando ainda era deputado federal. Ele também desejou sorte ao ministro. “Continue na sua jornada, serás feliz com toda a certeza”. Por fim, deu as boas-vindas ao ministro Fux e afirmou que estará na cerimônia de posse. “Também dizer ao prezado ministro Fux, que tive a honra de receber seu convite a poucos dias, se Deus quiser estarei aqui amanhã torcendo e levando as minhas orações para que Vossa Excelência conduza essa casa da mesma forma que os teus antecessores, tenho certeza. E pode contar com o apoio do governo federal. Se precisar estamos a disposição, assim como Vossa Excelência falou para mim do que eu precisar do STF, assim como tive com Dias Toffoli, terei com você”, completou.

Em outro momento de seu discurso, o presidente lembrou da responsabilidade de gerir as leis no país e chamou de ‘privilegiados’ os que estão nesse grupo. “Peço a Deus que ilumine a todos nós, que o futuro dessa grande nação está nas mãos desses privilegiados que somos nós, eu como presidente, 23 ministros meus, 11 ministros do Supremo aqui, bem como uma parte do parlamento brasileiro. Nós privilegiados temos o poder de decidir o futuro dessa nação. Passamos momentos difíceis, não só quando assumimos. Problemas que já vinham de longo prazo, sem querer culpar aqueles que me antecederam, mas outros problemas que apareceram, no tocante da pandemia. Pelo que tudo indica, estamos superando esse momento. O Brasil começa a apontar novamente para cima e isso suavemente refletirá em dias melhores para a população e esperança para todos”, concluiu.